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quinta-feira, 28 de março de 2013

Como não ser esmagado pelas dívidas



 
Nem todo mundo sabe ser patrão do dinheiro e com frequência passa a ser escravo dele. As pessoas deveriam ser ensinadas desde a infância a poupar pelo menos 10% do que ganham, para terem uma vida financeira equilibrada. Porém, a verdade é que a maioria gasta mais do que ganha.
Educação não é custo e sim investimento. Um estudo da FGV apontou que cada ano a mais de escolaridade tem reflexo de 15% a mais na remuneração. Uma colheita incomum requer uma atitude incomum, pois sorte é quando a preparação e o trabalho encontram uma oportunidade.
O desconhecimento da importância da poupança e do poder dos juros compostos é desastroso no longo prazo. Se ao começar a trabalhar o indivíduo aplicar sistematicamente R$ 65,00 todos os meses, terá em torno de um milhão de reais na sua conta aos 65 anos de idade. Os juros desse capital acrescido à sua aposentadoria serão o suficiente para viver na liberdade financeira.
A primeira coisa para livrar-se das dívidas é querer viver livre delas. Dívida é pressão, é cativeiro. O Brasil é o país que tem os juros mais caros do mundo. Ao ligar a televisão nos deparamos nos intervalos comerciais com possibilidades e mais possibilidades de compra com carnês de financiamento. Levados pela correnteza do consumismo, as dívidas estão tirando o sono e a saúde e liquidando o casamento de milhares de pessoas.
É melhor ter uma pequena cautela do que um grande remorso. As mais frequentes desculpas dos endividados são doença, desemprego, divórcio, descontrole, dar o nome ou assinar como fiador para parentes e amigos.
O que não se mede não se controla. A primeira medida para controlar a grana é fazer uma planilha de orçamento financeiro mensal.  Não ter um computador não serve de desculpa, pois pode se valer até mesmo de um simples caderninho.  Registrar tudo o que se ganha e se gasta, comprando sempre que possível à vista e pedindo desconto são regrinhas financeiras básicas.
O cartão de crédito é um excelente meio de pagamento, mas um péssimo instrumento de crédito. Não sabendo usá-lo ele se torna um grande vilão do orçamento. Quando se paga apenas o valor mínimo da fatura, funciona como um taxímetro ligado, aumentando a dívida a cada dia que passa. A regra é não aceitar parcelamentos, pagando sempre a fatura em seu valor total. Outras vantagens em ter cartão é não se despertar a atenção dos amigos do alheio, carregando dinheiro em espécie. Usando o cartão adequado e se cadastrando junto às operadoras para participar dos programas, se pode ganhar milhas de vantagens.
Você é daqueles que curte o site do seu banco, ingenuamente acreditando que o banco em que você é correntista foi feito para você? Veja abaixo o comparativo entre uma aplicação de R$ 100,00 na poupança versus a utilização de R$ 100,00 no cheque especial:
Em 1 ano, com o valor de R$ 100,00 aplicado na poupança passa a ser R$ 104,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial, deve-se R$ 251,00.
Em 5 anos com o valor de R$ 100,00 aplicado na poupança se passa a ter R$ 143,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial se passa a dever R$ 10.000,00.
Em 10 anos, tem-se R$ 205,00. Com o mesmo valor gasto no cheque especial, acumula-se uma dívida R$ 1.000.000,00.
Conclusão: em finanças nem sempre abrir um buraco para tapar o outro é a solução. Ou se aprende a viver dentro de um orçamento equilibrado, ou se acaba esmagado pelas dívidas.
Marcos Luthero é Consultor, Coaching e Palestrante do Instituto Tecnológico de Negócios nas áreas Financeira, Mercadológica, Planejamento Estratégico e Plano de Negócio. E-mail: itn@sinos.net. Novo Hamburgo – RS.
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